A Câmara Municipal do Funchal aprovou hoje, por unanimidade, a mudança do local de construção da nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), o que faz subir o investimento de 12 para 15 milhões de euros.
"A obra representava um investimento de 12 milhões de euros, mas na sequência deste ajuste, ao nível da deslocação para outro sítio, passa para os 15 milhões de euros", explicou o presidente da autarquia, Paulo Cafôfo, após reunião do executivo camarário.
O projeto inicial apontava para a construção da ETAR no Campo do Almirante Reis, na zona velha da cidade, uma das áreas mais emblemáticas do Funchal, na Madeira, mas os estudos de impacto ambiental recomendaram a sua transferência para a Ribeira do Lazareto.
A obra, que será cofinanciada pela União Europeia, o Governo Regional e a Câmara Municipal, surge na sequência de uma diretiva comunitária que impõe o tratamento primário das águas residuais.
O executivo camarário aprovou, por outro lado, a expropriação da Confeitaria Felisberta, um edifício histórico no centro da cidade que se encontrava devoluto e foi consumido pelo fogo nos incêndios de agosto de 2016, restando apenas as fachadas.
"Iniciámos hoje o processo de expropriação da referida confeitaria, num valor estimado de 216 mil euros", disse Paulo Cafôfo, sublinhando que a deliberação foi aprovada por unanimidade.
A Confeitaria Felisberta foi fundada em 1887 e tornou-se um dos estabelecimentos mais populares do Funchal, sendo frequentada por personalidades históricas, como a imperatriz Sissi de Áustria, e com várias referências na literatura portuguesa e estrangeira.
"A ideia da Câmara é adquirir o edifício, reabilitá-lo e depois concessionar a sua exploração a privados", disse Paulo Cafôfo, vincando que projeto faz parte da revitalização da zona histórica de São Pedro, no âmbito do trabalho desenvolvido pelo Gabinete da Cidade.
Lusa