“Claro que quando temos jogadores mais habituados a estarem aqui, é sempre negativo para o grupo eles não estarem. Mas é uma oportunidade para outros. Muitas vezes quem vem, vem com sangue novo e muita vontade de jogar e ajudar a equipa, o que acaba por ser valioso para nós”, referiu o dianteiro do Benfica aos jornalistas, antes do treino de terça-feira em Lagos, que acolhe o estágio dos portugueses.
O selecionador português de sub-21, Rui Jorge, já teve de fazer cinco alterações desde a convocatória inicial de quinta-feira, perdendo dois jogadores (Vítor Ferreira e Tiago Djaló) para a seleção principal e três (Nuno Tavares, André Almeida e Vítor Oliveira) devido a lesão.
Para os seus lugares, foram chamados entretanto os defesas Tiago Araújo (Arouca), Bernardo Vital (Estoril Praia), Tiago Almeida (Tondela) e Bruno Rodrigues (Sporting de Braga) e o médio Bernardo Folha (FC Porto).
“Temos de olhar para isso de forma positiva. Ter o Vitinha e o Tiago Djaló na seleção ‘A’ é uma demonstração de que temos valor nesta seleção. As outras saídas por lesão são mais aborrecidas, mas é uma oportunidade para outros virem mostrar o seu valor e para nos ajudarem a conseguir a qualificação para o Europeu”, reforçou Henrique Araújo.
A seleção portuguesa de sub-21, que lidera o Grupo 4 de qualificação para o Europeu2023 com cinco vitórias em cinco partidas, prepara o duplo compromisso com Islândia e Grécia.
“Queremos ganhar os dois jogos e jogar um futebol atrativo para o nosso público. É com esse foco que estamos a preparar os dois jogos, sabendo que a Islândia nos criou algumas dificuldades no jogo fora [1-0]. O que sentimos no primeiro jogo é que era uma equipa bastante organizada e que nos iria criar dificuldades em qualquer sítio”, comentou o avançado português, de 20 anos.
Frente aos perseguidores de Portugal na tabela, Henrique Araújo espera “algumas dificuldades extra que os outros adversários não colocaram”, ressalvando que os portugueses devem encarar as duas partidas “com responsabilidade e vontade grande de ganhar”.
“Também é uma oportunidade para nos distanciarmos na liderança. É dessa forma que vemos estes dois jogos, como um desafio para esta seleção que começou a trabalhar há seis/sete meses. É mais uma oportunidade para mostrarmos o nosso valor”, afirmou.
O madeirense Henrique Araújo, que se estreou a marcar pelos sub-21 frente ao Chipre, em novembro de 2021, em Faro, imitando a habitual celebração de Cristiano Ronaldo, espera voltar aos golos.
“Festejei daquela forma porque foi o meu primeiro golo aqui nos sub-21 e, como o Cristiano [Ronaldo] é madeirense, achei bem prestar essa homenagem. Os golos são sempre o que um avançado procura, é isso que mais gosto de fazer e se nesta dupla jornada tiver oportunidade, vou tentar fazer”, concluiu.
A seleção portuguesa de sub-21, vice-campeã europeia no escalão, recebe a congénere islandesa em 25 de março, a partir das 20:15, no Estádio Municipal de Portimão, visitando a Grécia no dia 29 de março, pelas 19:00 locais (17:00 em Lisboa), em Tripoli.
Portugal lidera o Grupo 4, com 15 pontos, seguido da Grécia, com 14, mas mais um jogo disputado. Islândia e Chipre dividem o terceiro posto, com sete pontos, enquanto a Bielorrússia soma seis e o Liechtenstein é o lanterna-vermelha, ainda sem pontos.
Lusa