“Os ucranianos têm uma hipótese [de resistir] contra a enorme superioridade [russa] apenas se os países ocidentais lhes fornecerem suficiente tecnologia militar”, declarou Fiala aos jornalistas em Praga, após o seu regresso de Kiev onde se deslocou na terça-feira com os seus homólogos polaco e esloveno.
A sua visita à capital ucraniana foi a primeira de dirigentes estrangeiros desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro.
“Devemos aumentar os fornecimentos e envolver o maior número de países”, declarou Fiala, acrescentando que a Ucrânia tem necessidade de mísseis anti-tanque e anti-aéreos.
“Devemos fazê-lo rapidamente, porque dentro de duas semanas pode ser demasiado tarde. Isto deve ser feito em alguns dias”, insistiu Fiala.
Hoje, o seu Governo aprovou uma ajuda militar à Ucrânia de mais de 28 milhões de euros, que se vão juntar às munições, armas de fogo e mísseis anti-aéreos num valor de 30 milhões de euros e anteriormente fornecidos.
Ao rejeitar uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia, exigida por Kiev, Fiala declarou que o país pode “criar a sua própria zona caso disponha de tecnologia suficiente”.
Os três países que enviaram os seus dirigentes a Kiev na terça-feira vão continuar a pressionar a UE para que “abra as suas portas” à Ucrânia, acrescentou.
Durante o seu encontro com o Presidente ucranianom Volodymyr Zelensky, os três chefes de Governo evocaram a possibilidade de abrir uma embaixada da UE em Kiev, abandonada pela maioria dos embaixadores ocidentais, e ainda organizar uma coligação de países dispostos a conceder asilo político aos desertores russos que recusem combater na Ucrânia.
Fiala precisou que as suas ideias seriam submetidas na próxima semana às cimeiras da UE e da NATO.
No decurso da presença da delegação em Kiev, o vice-primeiro-ministro polaco Jaroslaw Kaczynski avançou a ideia de uma “missão de paz” da NATO na Ucrânia, que deveria ser protegida por uma força armada.
Lusa