Num comunicado, o Eliseu declarou que a reunião, marcada para hoje à tarde (17:30 locais, 16:30 hora de Lisboa), tem como objetivo dar continuidade “a estreita coordenação entre aliados e parceiros europeus" sobre o conflito na Ucrânia.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, receberá também hoje o chanceler alemão, Olaf Scholz, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, no Palácio do Eliseu para um jantar de trabalho com representantes industriais europeus para discutir "as questões da soberania económica europeia, nomeadamente tendo em vista os eventos na Ucrânia", acrescentou a mesma fonte.
A agenda de trabalho do Presidente francês será hoje dedicada à crise na Ucrânia, reunindo-se com o conselho de defesa e segurança às 11:00 locais (10:00 em Lisboa), antes de se encontrar com o primeiro-ministro francês, Jean Castex.
Às 15:00 locais (14:00 em Lisboa), Macron vai receber a Presidente da Geórgia, Salome Zurabishvili, "para discutir as questões da estabilidade regional no contexto da guerra na Ucrânia", segundo adiantou ainda o Eliseu.
Emmanuel Macron já tinha falado com Salome Zurabishvili por telefone no sábado, expressando a sua "determinação de apoiar os parceiros orientais" da UE "contra qualquer tentativa de tensão e desestabilização".
Na sexta-feira, o chefe da diplomacia francesa, Jean-Yves Le Drian, disse ser possível que a ofensiva russa em curso na Ucrânia se possa alargar à Moldávia e à Geórgia.
Além do dossier ucraniano, o jantar com Olaf Scholz e Ursula Von der Leyen tem também como objetivo "preparar a cimeira" organizada sob a atual Presidência francesa do Conselho da UE, nos dias 10 e 11 de março, "dedicada ao modelo europeu de crescimento e investimento”, indicou ainda o Palácio do Eliseu.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram cerca de 200 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
Lusa