Gantz não forneceu mais detalhes sobre estas alegadas operações, mas inseriu-as no que descreveu como a “exportação do terrorismo iraniano” sob as diretivas do líder supremo Ali Khamenei.
A denúncia de hoje ocorreu durante uma conferência de política e segurança na Universidade Reichman de Israel, durante a qual o ministro da Defesa advertiu que, em 2018, Teerão utilizou aviões não tripulados (‘drones’) para “tentar transferir explosivos a partir da Síria para terroristas” na Cisjordânia, território palestiniano ocupado por Israel.
Segundo Gantz, com base em informações dos serviços de informações israelitas, os ‘drones’ iranianos descolaram do aeroporto T4 na Síria.
O ministro assinalou ainda que o Irão utiliza duas bases militares no seu território, na região de Chabahar e na ilha de Qeshm, para promover ataques marítimos e armazenar ‘drones’.
Esta denúncia verifica-se a poucos dias do reinício das negociações entre o Irão e os signatários do acordo nuclear de 2015 para salvar o pacto, iniciativa reprovada por Israel.
No decurso da mesma conferência, o primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, referiu-se a estas negociações e indicou que “caso exista um regresso ao acordo, Israel não fará parte dele e não se considera obrigado por ele”, numa óbvia alusão às repetidas ameaças israelitas de efetuar um ataque contra o Irão destinado a evitar que possua armas nucleares.
“O Estado de Israel deve manter a sua capacidade de atuação e a sua liberdade de ação, em cada situação e sob qualquer circunstância política”, acrescentou Bennett.