O título Jornal da Madeira não teve nenhuma "proposta vinculativa", até à hora do fecho dos serviços, para a aquisição da totalidade da participação regional, decidindo o executivo prorrogar o prazo por mais 90 dias.
Numa nota divulgada hoje pelo gabinete do Secretário Regional dos Assuntos Parlamentares e Europeus (SRAPE), Sérgio Marques, que tutela a venda, pode ler-se que "até à hora do fecho dos serviços da SRAPE, às 17:30, não deu entrada qualquer proposta vinculativa tendente à aquisição da totalidade da participação da Região Autónoma da Madeira".
A intenção do executivo liderado por Miguel Albuquerque é a de alienar a totalidade da quota detida pelo governo, intenção gorada dada a ausência de propostas.
Ainda assim, refere o comunicado, o decreto regulamentar "prevê igualmente a possibilidade de entrega de propostas através do ‘e-mail’ do gabinete da SRAPE", sendo que "estas podem dar entrada até ao final do dia de hoje".
Dada a circunstância, a SRAPE manifesta a intenção de prorrogação do prazo para a entrega de propostas.
"Caso não se concretizem propostas por ‘mail’ até ao final do dia de hoje, como se prevê, e dado que os interessados que solicitaram informações adicionais, ainda de acordo com o referido decreto, reiteraram interesse no projeto e em materializar a sua intenção, invocando no entanto a necessidade de um prazo mais longo que permita o aprofundamento e montagem das propostas a apresentar, irá o Governo regional estabelecer um novo prazo de 90 dias para concretização de forma vinculativa dos interesses manifestados", pode ler-se.
Em julho de 2016, Sérgio Marques tinha anunciado o interesse de dois grupos na aquisição do matutino, que acabaram por não se concretizar.
Após a tomada de posse (a 20 de abril de 2015), o executivo de Miguel Albuquerque iniciou um processo de reestruturação da Empresa Jornalística da Madeira (EJM) – com um capital social de 4,3 milhões de euros e que custava cerca de três milhões de euros anuais ao Orçamento Regional -, visando a sua privatização.
Este processo passou pela dispensa de mais de duas dezenas de trabalhadores.
C/ Lusa