“No final do primeiro semestre de 2021, o número de assinantes que efetivamente utilizaram os serviços móveis aumentou 414.000, mais 3,4% em comparação com o mesmo semestre do ano anterior”, indicou, em comunicado, a Anacom.
Este é o maior aumento registado desde 2010, altura em que se começou a recolher este indicador.
Os cartões ativos com utilização efetiva cresceram assim para 12,5 milhões até junho, uma evolução justificada pelos planos pós-pagos e híbridos, que representaram 62,9% dos acessos.
Por sua vez, os planos pré-pagos seguiram a tendência descendente verificada desde 2012, tendo recuado 0,1% no último ano.
Por quota, a Meo foi o prestador que apresentou a mais elevada no que se refere aos acessos móveis ativos com utilização efetiva (40,4%), seguida pela Vodafone (29,8%), NOS (26,7%) e a NOWO (18%).
A NOS tem a quota mais elevada de tráfego de internet em banda larga móvel (45,4%), seguida pela MEO (27,4%) e pela Vodafone (26,7%).
Na primeira metade do ano, o tráfego de voz móvel em minutos avançou 7%, face ao período homólogo, influenciado pela pandemia de covid-19.
“Estima-se que, caso esta não tivesse ocorrido, o tráfego médio de voz móvel por acesso teria aumentado 4,6% neste semestre face a igual período de 2020. Estima-se que o efeito da pandemia durante os cinco trimestres em que se registou foi, em média, mais de 11,8% por trimestre. A covid-19 terá também influenciado o tráfego com destino a redes internacionais, que diminuiu 12,6%”, apontou.
Entre janeiro e junho, o número de utilizadores efetivos do serviço móvel de acesso à internet fixou-se em oito milhões, uma progressão de 2% em comparação com o mesmo semestre de 2020, valor que “corresponde a uma penetração de cera de 78 por 100 habitantes, mais 1,5 pontos percentuais do que no primeiro semestre de 2020”.
A subida é reflexo de um maior número de utilizadores do serviço de acesso à internet através do telemóvel (+1,3%) e do PC, ‘tablet’, ‘pen’ e ‘router’ (+11,9%).
O tráfego de acesso à internet em banda larga móvel, por seu turno, aumentou 24,6% neste período, devido ao número de utilizadores e à intensidade de utilização do serviço.
No período em análise, o tráfego médio mensal por utilizador ativo de internet móvel aumentou 23,7% face ao período homólogo.
Conforme adiantou o regulador, cada utilizador de banda larga móvel consumiu, em média, 5,5 gigabites (GB) por mês.
O tráfego médio mensal gerado através do PC, ‘tablet’, ‘pen’ e ‘router’ atingiu os 25,8 GB, mais 27,6%.
Apesar disto, Portugal é o país com menos consumo médio mensal de dados móveis, segundo um estudo da Opensignal, que analisou 65 países, citado pela Anacom.
No primeiro semestre, a penetração do serviço móvel situou-se em 170,4 por cada 100 habitantes, enquanto a de acessos móveis comercializados em pacote com serviços fixos foi de 48,1 por 100 habitantes.
Nos primeiros seis meses do ano, destacou-se ainda o tráfego de internet que cresceu 30,9% no ‘roaming in’ e 37,3% no ‘roaming out’.