“A ANA Aeroportos de Portugal informa que, em resultado da greve do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, hoje, dia 18 de agosto, os tempos de espera no controlo de fronteira do aeroporto de Lisboa durante o período da greve (5:00 – 9:00), atingiram um máximo de duas horas nas chegadas e 32 minutos nas partidas”, adiantou fonte oficial da gestora dos aeroportos numa nota.
A ANA indicou ainda que nos restantes aeroportos, não há qualquer “impacto relevante, até ao momento”.
"É expectável que durante esta semana haja um menor número de voos e que esses mesmos voos tenham apenas entre 30, 40 e 50% da capacidade de passageiros, pelo que não se devem verificar grandes constrangimentos", adiantou, esta terça-feira, à Lusa o presidente do Sindicato dos Inspetores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras (SIIFF).
No domingo, a ANA revelou que houve atrasos de quatro horas no controlo de fronteira do aeroporto de Lisboa, tendo ficado temporariamente suspenso o desembarque de alguns voos.
De acordo com Renato Mendonça, "esses valores prendem-se com o período de maior fluxo que se verifica nos períodos de fim de semana, sendo expectável que o mesmo volte a acontecer no próximo".
A greve foi convocada pelo SIIFF face à falta de resposta do Governo quanto ao futuro dos inspetores na sequência da aprovação da proposta de lei que "prevê a dispersão de competências policiais do SEF pela PJ, PSP e GNR".
A paralisação não contou com a adesão do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF/SEF).
O protesto começou no sábado e abrange, de forma parcial, todos os funcionários que prestam serviço nos principais postos de fronteira do país.
Até ao final do mês de agosto, vão realizar-se protestos nos diversos aeroportos do país, mas também nos portos de Sines e Leixões.
O SIIFF recordou que numa reunião em junho o ministro da Administração Interna definiu o final desse mês como data limite para apresentar um documento com "os termos em que se asseguravam os direitos" destes inspetores, que até hoje não chegou ao sindicato.
"O Governo continua a ignorar os nossos apelos, o que vem reforçar os nossos receios. Aquilo que está em causa não é a extinção do SEF, mas a extinção da carreira policial pura e dura", concluiu.