Em 2021 iniciou-se uma nova série dos dados do Inquérito ao Emprego, que inclui, entre outras alterações, a de deixar de considerar como empregadas as pessoas ocupadas em atividades de agricultura e pesca para autoconsumo e a restrição da população ativa ao grupo dos 16 aos 89 anos. Para evitar comparações diretas entre séries de dados diferentes, os indicadores agora disponibilizados incorporam séries retrospetivas, desde o 1.º trimestre de 2011, que diferem das associadas à série 2011 por incorporarem os ajustes atrás referidos. As alterações introduzidas pela nova série de dados encontram-se resumidas no anexo da publicação Estatísticas do Emprego da RAM – 1.º trimestre de 2021.
Os resultados do Inquérito ao Emprego relativos ao 2.º trimestre de 2021 indicam uma taxa de desemprego na Região Autónoma da Madeira (RAM) estimada em 8,4%, valor inferior em 1,2 pontos percentuais (p.p.) em relação ao trimestre anterior e superior em 1,3 p.p. face ao trimestre homólogo. Se se comparar com o 2.º trimestre de 2019 (período pré-pandemia), o aumento foi de 1,0 p.p..
A estimativa da população desempregada, apurada em 10,7 mil pessoas, aumentou 24,5% face ao trimestre homólogo (2,1 mil) e diminuiu 13,5% comparativamente ao trimestre anterior (1,6 mil).
A taxa de atividade das pessoas em idade ativa (16 aos 89 anos), no 2.º trimestre de 2021, foi estimada em 58,7%, mais 2,5 p.p. que no trimestre homólogo e menos 0,7 p.p. que no trimestre anterior. A taxa de atividade nas mulheres foi de 53,9%, sendo inferior à dos homens (64,4%) em 10,5 p.p..
A população inativa, que se fixou em 125,9 milhares no trimestre em referência, diminuiu 4,8% (6,4 mil) em relação ao trimestre homólogo. Face ao trimestre precedente, há a registar um aumento de 1,1% (1,4 mil).
Em Portugal, a taxa de desemprego no trimestre em análise decresceu para os 6,7%, -0,4 p.p. do que no trimestre anterior e aumentou 1,0 p.p. comparativamente ao trimestre homólogo. Face ao 2.º trimestre de 2019, o aumento foi de 0,3 p.p..
Em três das 7 regiões do país, a taxa de desemprego diminuiu em termos trimestrais, com as maiores quebras a se registarem na R.A. Madeira (-1,2 p.p.), Norte (-1,1 p.p.) e A.M. Lisboa (-0,2 p.p.). Houve 3 regiões em que a taxa de desemprego se manteve igual ao trimestre anterior (Centro, Algarve e R.A. Açores) e o Alentejo foi a única região em que houve um aumento trimestral, de 0,8 p.p.. Em termos homólogos, a taxa de desemprego aumentou em todas as regiões do país, sendo o Alentejo a região a apresentar a maior variação (+4.5 p.p.). A taxa de desemprego é mais baixa no Centro (6,2%) e mais elevada no Algarve (10,2%).