“No que concerne à participação das regiões autónomas no capital do banco, no que se refere à gestão, nós vemos com bons olhos a participação e o aumento do capital do banco pelas regiões”, afirmou Beatriz Freitas no parlamento, durante uma audição na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.
A responsável admitiu, contudo, que esta questão “ultrapassa” a gestão do banco, sendo “algo que deve ser decidido entre os acionistas” da instituição: o IAPMEI- Agência para a Competitividade e Inovação, a AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, o Turismo de Portugal e a Direção Geral do Tesouro e Finanças (DGTF).
“Mas qualquer aumento de capital do banco vai fazer com que se consiga alavancar mais instrumentos financeiros”, salientou.
Relativamente à Madeira e aos Açores, a Presidente do Banco de Fomento salientou que a instituição disponibiliza já “instrumentos de capital dedicados a cada uma das regiões autónomas”, estando “agora novamente a começar a promover ‘webinars’ de divulgação destes instrumentos”.
“No que se refere à própria conceção de produtos, há uma proximidade muito grande entre o Banco de Fomento e as regiões autónomas dos Açores e da Madeira. Falo, às vezes mais do que uma vez por semana, com os governos regionais, não só por questões de desenho de novos produtos, mas também para resolução de alguns problemas que surgem com a [sua] implementação”, disse.
Recordando a recente assinatura de um memorando para cooperação com a Região Autónoma dos Açores, a CEO do Banco de Fomento disse ter “a certeza que já está, também, em discussão com o Governo da Região Autónoma da Madeira uma mesma medida”.
Na sua opinião, este tipo de iniciativas vai permitir ao banco “aproximar-se cada vez mais do que são as necessidades das comunidades autónomas”.