Três dias após ter tomado posse para um segundo mandato como chefe de Estado, e em contexto de pandemia de covid-19, Marcelo Rebelo de Sousa será recebido pelo papa Francisco na Biblioteca Privada do Palácio Apostólico da Santa Sé, pelas 10:30 locais (09:30 em Lisboa).
O cardeal e poeta português José Tolentino de Mendonça – que o Presidente da República escolheu para presidir às comemorações do Dia de Portugal em 2020 – exerce as funções de arquivista e bibliotecário da Santa Sé, para as quais foi nomeado em 2018 pelo papa Francisco.
À tarde, Marcelo Rebelo de Sousa será recebido pelo rei de Espanha, Felipe VI, no Palácio Real, em Madrid, pelas 18:00 locais (17:00 em Lisboa), de acordo com a agenda divulgada à comunicação social.
Numa nota divulgada no sítio oficial da Presidência da República na Internet sobre estas duas visitas, refere-se que a Santa Sé "teve um papel essencial no reconhecimento da independência de Portugal" e assinala-se que o chefe de Estado estará com o Papa Francisco "dias depois da histórica visita ao Iraque".
"O chefe de Estado cumpre também a tradição e visita, no mesmo dia, a nossa vizinha e amiga Espanha, onde se encontrará com sua majestade o rei Felipe VI", lê-se na mesma nota.
Reeleito nas eleições presidenciais de 24 de janeiro passado, à primeira volta, com 60,67% dos votos expressos, Marcelo Rebelo de Sousa tomou posse para um segundo mandato perante a Assembleia da República na terça-feira, numa cerimónia com assistência reduzida, devido à covid-19, em que núncio apostólico, embaixador da Santa Sé em Portugal, representou todo o corpo diplomático.
Há cinco anos, o chefe de Estado demorou mais tempo a realizar as primeiras visitas ao estrangeiro, que aconteceram oito dias depois de tomar posse, mas escolheu os mesmos destinos. Foi recebido pelo papa Francisco na manhã de 17 de março de 2016, deslocando-se depois para Madrid, para um encontro com o rei Felipe VI.
No seu primeiro mandato, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a estar com o papa Francisco em maio de 2017, aquando da sua visita apostólica de menos de 24 horas a Portugal, por ocasião do centenário de Fátima, que disse acompanhar como Presidente e "como peregrino".