A ideia é “trabalhar de forma coordenada para que não haja estrangulamento” para os fabricantes europeus de vacinas, explicou fonte próxima das negociações à AFP.
Entre os componentes em questão estão os sacos destinados aos tanques (fabricados na UE por empresas americanas ou por unidades de sociedades europeias nos Estados Unidos), mas também os nanolípidos necessários para as vacinas de RNA mensageiro, frascos e também seringas.
Washington supervisiona escrupulosamente a exportação de todos os componentes necessários para a produção de vacinas, sendo sujeitos a autorizações específicas.
Por sua vez, a UE aplica o seu mecanismo de controlo das exportações apenas para vacinas prontas para uso, como acaba de fazer por iniciativa da Itália, ao bloquear 250.000 doses da vacina da AstraZeneca com destino à Austrália.
O laboratório sueco-britânico anunciou que poderia entregar no primeiro trimestre apenas um terço das doses prometidas aos 27.
“Todos têm as suas regras, que são legítimas. A ideia não é discuti-las”, mas sim examinar “os procedimentos administrativos aplicados” às exportações de componentes e ver “como se pode facilitar e acelerar”, sublinha a fonte europeia.
A mesma fonte referiu que “esta é uma abordagem antecipatória”.
“No momento em que a produção de vacinas na Europa pode aumentar consideravelmente, queremos garantir que todos os componentes podem acompanhar”, acrescenta a mesma fonte.
Esta discussão não visa "de modo algum negociar doses" com os americanos, uma abordagem que "é da responsabilidade das empresas", afirmou a mesma fonte.