O investigador do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) ressalvou, no entanto, que estas projeções têm muitas condicionantes.
“Nada do que se projeta está adquirido, vai depender de conseguirmos manter a atual tendência de decréscimo de novos casos e esta tendência depende das medidas atualmente implementadas, da sua adoção pela população assim como dos comportamentos preventivos da população e do controlo da transmissão das novas variantes do SARS-CoV-2 que ainda representam são muito prevalentes a população”, afirmou Baltazar Nunes na reunião de especialistas em saúde pública com membros do Governo, Presidente da República, presidente da Assembleia da República e conselheiros de Estado que decorre no Infarmed, em Lisboa.
Contudo, as projeções estão de acordo com os cenários apresentados na última reunião em que foi projetado que “a taxa de incidência possa estar abaixo de 120 no início de março, abaixo dos 60 casos por 100 mil habitantes na segunda quinzena de março”.
Relativamente ao índice de transmissibilidade (R), Baltazar Nunes adiantou que se encontra nos 0,67, estando em decréscimo em todas as regiões (todas abaixo de 1).
O valor do R em 0,67 é “o mais baixo estimado desde o início da epidemia, disse, adiantando que nos últimos dias se encontra uma estabilização do valor R".
Relativamente ao excesso de mortalidade, Baltazar Nunes estimou que cerca de 74% possam ser atribuíveis à epidemia de covid-19 e 19% às temperaturas baixas.