Num comunicado, a Administração de Supervisão dos Mercados da cidade de Jinhua afirmou que a análise a um lote de carne suína importada do Brasil teve resultado positivo para a covid-19, na quinta-feira.
A carne, com um peso total de cerca de 16,3 toneladas, chegou ao porto de Xangai a 14 de janeiro, onde esteve em quarentena até 27 de janeiro.
Ao chegar a Jinhua, foi detetado novo coronavírus em duas amostras, uma do interior e outra do exterior das embalagens.
As autoridades isolaram o lote, desinfetaram o armazém e testaram 46 funcionários, tendo todos dado negativo. Ainda assim, 13 funcionários ficaram em isolamento, sob observação médica por terem tido um contacto próximo com a carne.
O lote foi enviado pela produtora alimentar brasileira BRF SA.
No final de novembro, a BRF anunciou que a China tinha autorizado um matadouro da empresa que processa carne suína e de frango em Lajeado, no Estado brasileiro de Rio Grande do Sul, a retomar as exportações para o mercado chinês, após uma suspensão devido a um surto de covid-19 entre o pessoal detetado em maio.
Este caso junta-se a vários outros ocorridos nos últimos meses.
Só em novembro, a China detetou o coronavírus em cinco lotes de carne congelada importada do Brasil, incluindo por três vezes em Wuhan, cidade do centro da China onde foram detetados os primeiros casos de covid-19.
A imprensa estatal chinesa tem também noticiado regularmente multas aplicadas a comerciantes que importaram, de forma ilegal, carne congelada vindo do Brasil.
O Governo chinês tem defendido os controlos anti-coronavírus de produtos importados que interromperam as importações de carne bovina, aves ou peixes oriundos do Brasil, Estados Unidos e vários países europeus.
A China respondeu por 56% das exportações brasileiras de carne suína em 2020, segundo dados do Ministério da Agricultura do Brasil.