“Portugal não conseguiu acumular recursos dos contribuintes como outros países […]. Com os recursos que são dos contribuintes sobrecarregados pelos impostos, não temos capacidade para indemnizar as empresas pelos prejuízos causados pelo confinamento”, afirmou o vice-presidente da CIP, Rafael Campos Pereira, durante a apresentação ‘online’ de um estudo, desenvolvido em parceria com o Marketing FutureCast Lab do ISCTE.
Apesar de admitir que, perante a atual situação pandémica, são necessárias medidas para reduzir o risco de contágio, este responsável notou que “não há saúde sem economia, nem economia sem saúde”.
Neste sentido, a CIP defendeu a adoção de confinamentos “mais racionais” e não “extremados”, bem como o aumento da testagem, vacinação e isolamento dos casos positivos.
“É difícil acreditar que os transportes públicos não estejam na origem dos 87% dos contágios que não sabemos de onde vêm”, apontou Rafael Campos Pereira, vincando ser necessário o aumento das carreiras para evitar aglomerações.
A CIP notou ainda que, desde abril, propôs a adoção de medidas para a capitalização das empresas, bem como injeções de capital, sugestões que, segundo a confederação, só este mês foram tidas em conta.