Pintor, escultor, historiador, investigador, escritor e poeta, António Aragão foi um dos maiores vultos da cultura portuguesa, do século passado até aos dias da sua morte física, acontecida em 2008.
António Aragão nasceu em São Vicente, ilha da Madeira, a 22 de Setembro de 1921. Faleceu no Funchal a 11 de Agosto de 2008.
Cedo quebrou as barreiras do isolamento geográfico para alcandorar-se aos palcos académicos e depois ganhar, com elevado mérito, estética, arte e técnica, um lugar de vanguarda na cultura portuguesa.
Licenciado em Ciências Históricas e Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e em Biblioteconomia e Arquivismo pela Universidade de Coimbra. Estudou Etnografia e Museologia em Paris, sob a orientação do Director do Conselho Internacional de Museus da UNESCO.
Cursou no Instituto Central de Restauro de Roma, onde se especializou em restauro de obras de Arte e estagiou no laboratório de restauro do Vaticano. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris e Roma.
Homem de criatividade rica, irrequieto, polémico, inconformado, por vezes excêntrico até, deixou a sua marca pessoal indelével por onde passou.
Era difícil não dar por ele quando metia mãos à obra, quer fosse na investigação da história e da etnografia, quer quando esculpia, pintava ou escrevia. A proporção do acervo que legou a Portugal, e em particular à Madeira, é muito mais rico, em quantidade e qualidade, do que o reconhecimento e merecimento que devia ter recebido da região e do país.
A Região prepara assim um conjunto de iniciativas que visam assinalar o centenário da sua morte, com destaque para uma grande exposição.
Aragão que está mais uma vez em exposição nos Estados Unidos da América, agora na Universidade do Hawaii.