“Muito brevemente, e depois de termos consultado os peritos nacionais e internacionais, vai sair uma orientação no sentido de que quando as pessoas, no exterior, não conseguirem garantir para elas ou para os outros a distância física recomendada, deverão usar máscara”, afirmou Graça Freitas.
Durante a habitual conferência de imprensa sobra a pandemia da covid-19, Graça Freitas foi questionada se as autoridades de Saúde teriam mudado de opinião relativamente uso obrigatório de máscara no exterior, com a aproximação da época de outono/inverno.
A diretora-geral recusou-se, no entanto, a considerar que se trataria de uma mudança de opinião, mas antes de uma “postura evolutiva em função do que vai sendo a avaliação do risco”.
“Ao ar livre, a utilização de máscaras fará sentido se formos de facto para sítios onde não consigamos garantir que ficamos longe de outros. Diferente é uma situação ao ar livre no campo, no jardim, a horas em que não andam outras pessoas a passear”, explicou.
Para estas situações, em que o distanciamento é facilmente assegurado, a recomendação será a mesma e a Direção-Geral da Saúde (DGS) continua a considerar que o uso de máscara não é necessário.
“Se estiverem no exterior, mas distante de outras pessoas, não faremos essa recomendação, sendo que as pessoas são livres de se quiserem utilizar em todo o momento, porque se sentem melhor, poder fazê-lo”, acrescentou.
Atualmente, a máscara só é obrigatória em espaços interiores fechados, como estabelecimentos comerciais, de prestação de serviços ou escolas, e nos transportes públicos.
Na mesma conferência de imprensa, a DGS e o Ministério da Saúde foram também questionados sobre a possibilidade de implementar o confinamento parcial, em Portugal, à semelhança daquilo que está atualmente a acontecer em Madrid, caso se confirme que o país está de facto a entrar numa segunda vaga da pandemia.
No entanto, segundo o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, essa não é uma opção.
“Hoje sabemos mais da doença, hoje estamos melhor preparados para responder e, portanto, o confinamento parcial ou geral é uma resposta de saúde pública que garantidamente não queremos voltar a acionar”, sublinhou.