A representante do Instituto de Saúde Pública (RIVM), Aura Timen, considerou “preocupante” o aumento de casos positivos que se refletem na última atualização semanal divulgada hoje, face aos 3.597 contágios confirmados no período anterior, e reconheceu que “a semana passada era muito otimista, mas a situação nesse momento foi temporária”.
A maioria dos contágios registaram-se nas províncias Holanda do Sul e Holanda do Norte, e em particular entre a população jovem, com a faixa dos 20 anos a obter uma taxa de contágio que duplica a da faixa dos 30 anos, coincidindo com o início das aulas nas universidades, que poderão ter contribuído para o disparo dos dados.
Pelo menos 170 alunos da Universidade de Radboud em Nijmegen, foram submetidos hoje a uma quarentena de dez dias como medida de precaução, após ter sido detetado um surto de coronavírus num bar de estudantes das proximidades, encerrado na segunda-feira após dez casos positivos entre clientes e empregados.
Pelo facto de o aumento dos contágios se refletir essencialmente entre a população jovem, esta subida de infeções não se reflete nos internamentos hospitalares, que permanecem muito baixas, e quando apenas 43 pessoas pediram para ingressar no hospital.
Para mais, na última semana registaram-se 17 mortes pela Covid-19, face às 24 mortes registadas no mesmo período anterior.
Segundo o RIVM, não há indícios de que o aumento de casos esteja diretamente relacionado com a reabertura das escolas, que ocorreu há cerca de um mês, e os casos relacionadas com as escolas são geralmente contágios de adulto a adulto.
Nos Países Baixos, e devido à escassez de equipamentos e materiais de laboratório, apenas estão a ser submetidas a provas PCR as pessoas que têm sintomas da Covid-19, enquanto que os contactos de uma pessoas que estou positivo devem submeter-se, como recomendação, a uma quarentena de dez dias até ser confirmado se têm sintomas de coronavírus.
A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 893.524 mortos e infetou mais de 27,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (189.221) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 6,3 milhões).
Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (41.584 mortos, mais de 352 mil casos), seguindo-se Itália (35.563 mortos, mais de 280 mil casos), França (30.726 mortos, quase 329 mil casos) e Espanha (29.516 mortos, mais de meio milhão de casos).