A líder do grupo parlamentar do PCP na Assembleia Legislativa da Madeira, Sílvia Vasconcelos, afirmou hoje, no Funchal, que a maioria social-democrata continua com "práticas políticas pouco éticas", nomeadamente ao plagiar propostas da autoria dos comunistas.
"Houve propostas que foram aprovadas por unanimidade no parlamento regional, para posteriormente serem reprovadas e depois plagiadas e depois novamente aprovadas pelo PSD", disse Sílvia Vasconcelos durante uma conferência imprensa, onde traçou o balanço do trabalho parlamentar do partido.
O PCP/Madeira levou a cabo 275 iniciativas parlamentares no decurso da primeira sessão legislativa da XI Legislatura da Assembleia Legislativa da Região Autónoma.
"Apresentamos dezenas de diplomas em várias áreas, nomeadamente ambiente, proteção civil e urbanismo, agricultura e pescas, ensino, educação e sobretudo matérias sociais, questões laborais, saúde, habitação e bairros sociais e também património, cultura e artes", explicou Sílvia Vasconcelos.
A maioria das propostas foi rejeitada pelo PSD. Porém, algumas foram remetidas para a Assembleia da República e aprovadas, como a criação do Observatório da Criança, a atribuição de apoios para agricultura familiar, a majoração de proteção social na maternidade, paternidade e adoção, a promoção das levadas da Madeira a património natural da humanidade e a estratégia para controlo da febre dengue.
"As práticas políticas a que o PSD nos habituou nos últimos 40 anos permanecem e são pouco éticas", sublinhou a deputada do PCP, considerando que os argumentos usados para votar contra as propostas comunistas têm sempre a ver com "mercantilização, verbas e financiamentos" e refletem um "caráter logrativo e falacioso".