Com pelo menos quatro mortes nas últimas 24 horas, ascendem a 93 o total de vitimas mortais registadas pela Autoridade de Gestão de Desastres do Estado de Assam (ASDMA) desde os finais de maio, quando as chuvas se tornaram torrenciais.
A maioria das vítimas perdeu a vida devido a inundações e a cerca de 20 deslizamentos de terra, segundo o último boletim da ASDMA.
“Até ao momento, pelo menos vinte e cinco distritos do Estado encontram-se seriamente afetados pelas inundações”, o que provocou um grande número de vítimas, disse a oficial do escritório de Mudança Climática da ASDMA Bura Gohain, à agência espanhola Efe.
A meio das medidas de distanciamento físico e confinamento para conter a propagação da covid-19, a região proporcionou 456 refúgios que albergam mais de 47.000 pessoas.
Gohain assegurou que a situação está sob controlo e os refúgios cumprem com as medidas ordenadas pela autoridade sanitária.
As chuvas, habituais nesta época do ano, afetaram nas últimas horas mais de 2,8 milhões de pessoas desse Estado agrícola, no qual 2.634 aldeias estão inundadas e 119.000 hectares de área cultivada ficaram debaixo de água.
“Esta é a segunda vaga de inundações que enfrentamos este ano no Estado e está prevista uma terceira fase, portanto, de momento, é imprevisível estimar se já vimos o pior desta temporada”, explicou a funcionária da Gestão de Desastres.
Em vários dos distritos mais afetados há estradas bloqueadas, prédios desabados e pontes que colapsaram.
Além disso, pelo menos 152 dos 223 acampamentos do Parque Nacional de Kaziranga estão inundados e 123 animais da reserva natural morreram.