De acordo com a Associação Notas e Sinfonias Atlânticas (ANSA), a iniciativa está inserida no projeto denominado “Orquestra Solidária” e visa “enaltecer o sentido cívico e de responsabilidade social demonstrado pelos moradores” daquele bairro social, que “foram sujeitos a medidas mais restritas de confinamento devido à cerca sanitária de que foram alvo”.
O espetáculo vai durar cerca de 30 minutos, tendo a orquestra como palco o “exterior do complexo habitacional” para “proporcionar um momento musical simbólico de descontração e confraternização entre os vários moradores daquele bairro social".
As pessoas podem assistir ao concerto desde as varandas das suas habitações, “de forma a manter as medidas de distanciamento e proteção obrigatórias, prevenindo-se, deste modo, aglomerados, sendo esta a condição primordial para o decurso normal deste evento”, adianta, em comunicado.
O documento realça que “esta é uma nova forma de convívio que a Investimentos Habitacionais da Madeira (IHM) pretende incutir nos seus inquilinos, nesta altura em que a pandemia obriga a reajustamentos e à mudança de hábitos na Madeira e no mundo, mantendo-se o dever de recolhimento no domicílio e de cumprimento das medidas em vigor de prevenção e contenção da Covid-19”.
A OCM considera que este é “um momento difícil”, que pode ser ultrapassado com “empenho e o contributo de todos, em consciência e responsabilidade”, contribuindo a coletividade com “o seu melhor, para oferecer este bem precioso de toda a humanidade: a música”.
O Governo Regional da Madeira decretou uma cerca sanitária em 19 de abril na freguesia de Câmara de Lobos, no concelho com o mesmo nome, que durou 15 dias (03 de maio), depois de ter surgido uma cadeia de transmissão da Covid-19 no bairro social de Câmara de Lobos, o da Nova Cidade, alegadamente na sequência de um convívio familiar na altura da Páscoa.