"Atletas, profissionais ou não, de modalidades coletivas, estão autorizados, tal como todos os cidadãos, a exercitar-se em espaços públicos ou privados, desde que obedecendo às regras de distanciamento social de, pelo menos, dois metros e à interdição de ajuntamentos", refere o decreto do Ministério do Interior.
Desta forma, os clubes de futebol podem retomar os treinos a partir de segunda-feira, embora obedecendo às medidas preventivas decretadas pelas autoridades governamentais.
Há precisamente uma semana, o Governo italiano tinha anunciado que os atletas que pratiquem desportos individuais poderiam retomar os treinos partir desta segunda-feira, ao contrário dos coletivos, indicando que os clubes de futebol deveriam esperar até 18 de maio para regressarem aos centros de treino.
Contudo, alguns governos regionais de Itália já autorizaram os clubes a reabrirem os centros de treino para permitir que os atletas, caso o pretendam, se possam exercitar, mas apenas em espaços abertos e respeitando o distanciamento social.
Na quarta-feira, o ministro para a Juventude e Desporto de Itália, Vincenzo Spadafora, disse que vê cada mais difícil um recomeço da Série A de futebol e que talvez seja melhor pensar-se já na próxima época: "Se não se pode retomar a competição em condições de segurança, é nossa obrigação parar."
A Série A, liderada pela Juventus, que conta com o internacional português Cristiano Ronaldo, foi interrompida em 09 de março, perante a propagação da pandemia.
Na semana passada, os Países Baixos deram por terminada a época de futebol face à crise sanitária existente e ao perigo de contágio, e, na terça-feira, foi a vez de França inviabilizar o regresso da ‘Ligue 1′.
A Itália, com 28.710 mortos, segundo os últimos dados, e mais de 209.000 casos, entra na segunda-feira numa nova fase, com o levantamento gradual das restrições ao movimento das pessoas e a retoma da atividade económica.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 241 mil mortos e infetou cerca de 3,4 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.
C/Lusa