A atualização do salário mínimo nacional para 2020 começou hoje de manhã a ser discutida na Concertação Social, mas o Governo não avançou ainda com uma proposta, que será apresentada no dia 13, próxima quarta-feira, disse a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.
A governante, que presidiu pela primeira vez à reunião da Concertação Social, defendeu que "quanto mais consenso houver, melhor", mas lembrou que a última palavra sobre o aumento do salário mínimo caberá sempre ao executivo.
A meta traçada pelo Governo é atingir os 750 euros em 2023, sendo fixados os valores ano a ano, em negociação com os parceiros sociais, uma evolução que será feita "de uma forma gradual e equilibrada", adiantou Ana Mendes Godinho.
A ministra do Trabalho afirmou ainda que após a discussão sobre o valor do salário mínimo nacional para 2020, que será concluída na quarta-feira, dado o "caderno de encargos de medidas a implementar", os parceiros irão então começar a discutir um acordo global de rendimentos.
O salário mínimo é, atualmente, de 600 euros, com a UGT a reivindicar 660 euros para 2020 e a CGTP a exigir 850 euros na legislatura.
As confederações patronais, segundo contou o líder da UGT, Carlos Silva, no final da reunião da Concertação Social, puseram em cima da mesa um valor de 625 euros para 2020, considerado "ridículo" pela central sindical.
Porém, aos jornalistas, o presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva, não adiantou qualquer valor.