"Politicamente, Portugal mantém o apoio a uma solução pacifica e política na Venezuela, que do nosso ponto de vista passa necessariamente pela convocação de novas eleições", afirmou à agência Lusa, em Xangai, Santos Silva.
O autoproclamado, e assim reconhecido por mais de 50 países, Presidente interino do país, Juan Guaidó, anunciou hoje que os militares deram "finalmente e de vez o passo" para acompanhá-lo e conseguir "o fim definitivo da usurpação" do Governo do Presidente Nicolás Maduro.
Maduro reagiu, denunciando que está a enfrentar um golpe de Estado, de "um reduzido grupo de militares traidores" que estão a ser neutralizados.
"Estou em contacto permanente com a nossa embaixada em Caracas. Por enquanto é muito difícil dizer qual é a dimensão das movimentações", ressalvou o chefe da diplomacia portuguesa.
Santos Silva apelou ainda aos cidadãos portugueses no país que tomem as medidas de segurança "indispensáveis" nesta ocasião.
Augusto Santos Silva, que estava ao telefone com o embaixador português na Venezuela quando foi abordado pela Lusa, confirmou que "há de facto movimentações militares em Caracas", e que o líder da oposição na Venezuela, Leopoldo López, que estava em prisão domiciliária foi, entretanto, "libertado".
O ministro português está a acompanhar a visita oficial do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, à China.
LUSA