Segundo o banco central, para esta diminuição da procura “terá contribuído a medida macroprudencial aplicada aos novos créditos à habitação e ao consumo pelo Banco de Portugal”, que estabelece limites e condições mais restritivas.
Já nas empresas, os resultados do inquérito indicam que a procura de crédito ficou “praticamente inalterada”. Também a procura no crédito ao consumo se manteve.
Do lado da oferta, os bancos indicaram que “permaneceram, de modo geral, praticamente inalterados” os critérios de concessão de crédito e os termos e condições dos empréstimos a empresas e a particulares.
Para o segundo trimestre de 2019, os bancos não estão a antecipar alterações de relevo nos critérios de concessão de empréstimos.
Os bancos pronunciaram-se ainda, neste inquérito, sobre o impacto da taxa de juro negativa aplicada pelo Banco Central Europeu (BCE) aos depósitos dos bancos no banco central, considerando que teve um “impacto negativo considerável na margem financeira” e para o aumento do volume e a diminuição das taxas de juro dos empréstimos a empresas e a particulares.
Hoje foram divulgados também pelo Banco de Portugal dados relativos às novas operações de concessão de crédito de fevereiro.
Para compra de habitação os bancos emprestaram 734 milhões de euros, mais 8,6% do que no mesmo mês de 2018, mas menos 1,7% face a janeiro.
Para empréstimos ao consumo foram concedidos 365 milhões de euros, mais 8% do que em janeiro e 2% do que no mesmo mês de 2018.
Para outros fins foram emprestados 163 milhões de euros, mais 22,6% do que em janeiro e 9,4% do que em fevereiro de 2018.
Já em crédito às empresas foram emprestados 2.259 milhões de euros, mais 16,7% do que há um ano, mas menos 9% do que em janeiro.
C/ LUSA