A Unicef fez chegar à Venezuela, desde o passado mês de agosto, 130 toneladas de ajuda, para minimizar os efeitos da crise económica da população em situação de vulnerabilidade.
Segundo a Unicef – Fundo das Nações Unidas para a Infância, o envio foi feito por via aérea e beneficiou 350.000 mulheres e crianças, e faz parte de um acordo com o Governo do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para expandir os programas da organização no país, incluindo a cooperação técnica e o desenvolvimento de capacidades.
"A crise económica da Venezuela tem reduzido o acesso das crianças a serviços essenciais e está a ameaçar reverter décadas de progresso. Quase 12% da população está malnutrida (…). Os casos de sarampo aumentaram de 727, em 2015, para 5.525 em 2018, e um surto de difteria que começou em julho de 2016 já registou 1.249 casos confirmados, a maioria deles crianças", explica um comunicado da Unicef.
O documento sublinha que em coordenação com o Instituto de Nacional de Nutrição da Venezuela e outras entidades, a Unicef distribuiu 100 toneladas de produtos alimentares para 150.000 crianças, incluindo alimentação especial para tratamento da malnutrição, e pastilhas para purificar água.
"Além disso, junto com o Governo e os parceiros da sociedade civil, a Unicef também está a trabalhar para melhorar as práticas alimentares e nutritivas, promovendo a supervisão da lactação materna e a nutrição", adianta.
Em colaboração com o Ministério da Saúde, a Unicef distribuiu "30 toneladas de medicamentos e produtos sanitários, para ajudar a travar o contágio de doenças contagiosas e melhorar a saúde de crianças e mulheres de comunidades vulneráveis".
"Estas provisões foram usadas para tratar e atender 25.000 mulheres grávidas, 10.000 recém-nascidos em hospitais e mais de 2.300 crianças que padecem de sida.
“Graças à ampliação do programa da Unicef, 40.000 mulheres grávidas têm acesso a provas de deteção rápida de sida e sífilis, e outras 100.000 crianças e mulheres grávidas têm acesso a tratamento da malária", precisa.
O comunicado sublinha ainda que a Unicef está na Venezuela desde 1991 e que nos últimos dois anos tem reforçado o seu trabalho com parceiros, para proporcionar ajuda em matéria de educação, saúde, nutrição e proteção a crianças vulneráveis afetadas pela crise económica.
"Este ano, até esta data, a Unicef também tem contribuído para vacinar crianças, com 2,5 milhões de doses de vacinas contra o sarampo, tem proporcionado antirretrovirais a 2.334 crianças e tratamento contra a malária a outras 150.000", conclui.
LUSA