“Estas imagens inquietantes levantam ainda mais questões sobre Epstein e as suas relações com alguns dos homens mais poderosos do mundo. É hora de pôr fim a este encobrimento da Casa Branca”, afirmaram os democratas nas redes sociais, em que apelam à Administração de Donald Trump para tornar públicos todos os arquivos relativos ao caso.
Numa das fotografias, publicadas na rede social X através da plataforma de armazenamento Dropbox, aparece um jovem Trump rodeado por seis mulheres com a cara censurada, enquanto noutra surge ao lado de Epstein e outras personalidades públicas durante o que aparenta ser um evento.
Tanto o antigo conselheiro de Trump, Steve Bannon, como o ex-presidente Bill Clinton, o empresário Bill Gates ou o ex-secretário do Tesouro Larry Summers surgem em várias fotografias ao lado de Epstein, que foi encontrado morto numa prisão de Nova Iorque em agosto de 2019.
Outra das imagens mostra Clinton com Epstein e a sua antiga companheira Ghislaine Maxwell, condenada a 20 anos de prisão por tráfico de menores na rede de pedofilia. A fotografia está assinada pelo próprio ex-presidente norte-americano.
O lote inclui ainda uma imagem de preservativos com a cara de Trump, avaliados em 4,50 dólares (3,80 euros).
A divulgação ocorre um dia após os democratas terem publicado um primeiro conjunto de 150 fotografias de uma das ilhas pertencentes a Epstein, nas Caraíbas, nas quais se veem várias zonas do complexo, como quartos, casas de banho e uma piscina.
Algumas imagens mostram máscaras perturbadoras penduradas na parede, quadros com palavras como “poder” ou “verdade” e até uma sala de dentista.
Trump, que inicialmente encerrou o ‘Caso Epstein’ após um relatório do Departamento de Justiça garantir que não existia uma “lista de clientes” com o nome de todas as pessoas envolvidas nas festas organizadas pelo magnata e na rede de tráfico de menores, alterou a sua posição há alguns meses, na sequência da divulgação de uma série de ‘emails’ por parte dos democratas.
Desde então, autorizou a publicação integral dos arquivos do caso, apesar de acusar os democratas de quererem “confundir” e “desviar a atenção” com as suas manobras.
O Congresso aprovou em novembro, com o aval de Trump, a desclassificação de todos os documentos relacionados com a trama.
Epstein foi detido em julho de 2019 por acusações de abuso sexual e tráfico de dezenas de menores no início dos anos 2000. As Ilhas Virgens terão sido o epicentro da rede de pedofilia liderada pelo magnata e por Ghislaine Maxwell.
Lusa