A adesão à greve dos enfermeiros na Madeira situa-se, hoje de manhã, entre os 70 e os 75%, disse à Lusa o presidente do Sindicato dos Enfermeiros da Madeira (SEM), Juan Carvalho.
"Neste momento, eu vou dar dois valores entre os 70 e os 75% no total global da região a nível do serviço regional de saúde porque, como ainda temos alguns serviços em apuramento, poderá haver aqui alguma variação, mas tudo aponta para este valor de adesão de enfermeiros a esta jornada de luta", disse.
Os sindicatos dos enfermeiros iniciaram às 08:00 de hoje dois dias de greve nacional que visa pressionar o Governo a apresentar uma contraproposta ao diploma da carreira de enfermagem.
A principal reivindicação dos sindicatos prende-se com a apresentação por parte do Governo de uma proposta que esteja de acordo com os compromissos inscritos no âmbito do protocolo negocial.
Juan Carvalho crê que os dados regionais "indicam que os enfermeiros não estão contentes com a situação e querem que o Governo altere o seu posicionamento".
O presidente do SEM considera que, durante a tarde de hoje e no segundo dia de greve, os números poderão vir a aumentar.
"A experiência demonstra que [a adesão] no segundo dia, nestes casos, costuma ser ligeiramente superior ao primeiro", afirmou, considerando que os valores poderão atingir os 80%.
O executivo regional ainda não divulgou dados referentes a esta greve, mas, já na quarta-feira, tinha emitido um comunicado avisando os utentes do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM) de que a greve poderia "condicionar a prestação de alguns serviços que envolvam o exercício de atividades por parte dos profissionais de enfermagem".
"O SESARAM e os seus profissionais farão o que estiver ao seu alcance, sem prejuízo do direito à greve, para minimizar os efeitos desta junto dos utentes", indicava no comunicado.
C/LUSA