O autogolo de Jose Fontán, aos 12 minutos de jogo, e a grande penalidade convertida por Ángel Di María, aos 71, compuseram o resultado, numa partida em que os ‘encarnados’, sem grandes brilhantismos, mantiveram a vantagem de forma segura para justificar os três pontos.
Com este resultado, o Benfica soma 28 pontos, mais um do que o FC Porto, que entra em campo na segunda-feira, e menos cinco que o Sporting, que perdeu os primeiros pontos da época no sábado, diante do Santa Clara (1-0). Os ‘encarnados’ têm ainda um jogo em atraso, referente à oitava jornada, frente ao nacional.
Por sua vez, os arouquenses encontram-se na zona de despromoção, no 17.º posto, com apenas oito pontos, e têm vindo a demonstrar dificuldades ao longo da temporada.
Embalado pelo triunfo europeu no Mónaco (3-2), da passada quarta-feira, Bruno Lage optou por repetir o mesmo ‘onze’ da partida anterior, procurando continuar a dar consistência à equipa, à partida para o 15.º jogo da sua segunda passagem pelo emblema da Luz.
Já Vasco Seabra, ausente do banco devido a castigo, promoveu quatro alterações relativamente ao jogo que ditou a eliminação da Taça de Portugal, diante do Farense (2-1), restabelecendo o setor mais recuado com as entradas Chico Lamba e Amadou Danté e dando uma componente mais física ao meio-campo, com Mamadou Loum e Morlaye Sylla.
Os anfitriões até entraram bem na partida e poderiam ter chegado à vantagem, por intermédio de Alfonso Trezza, logo aos 10 minutos, que surgiu isolado após passe em profundidade de Jason Remeseiro, mas, na cara de Anatoliy Trubin, falhou na tentativa de ‘chapéu’ ao guarda-redes.
As ‘águias’ rapidamente fizeram valer o seu estatuto e a reação não se fez demorar, uma vez que, apenas dois minutos depois, adiantaram-se no marcador, quando um cruzamento de Kerem Aktürkoglu encontrou um corte desastrado de Jose Fontán, resultante em autogolo – o primeiro da carreira do jovem central espanhol.
O Arouca deixou um novo alerta a Trubin, a partir de Jason, que efetuou um remate muito potente a longa distância, com Trubin a confiar que a bola iria para fora e a ver com alívio o esférico a embater na parte exterior do poste, aos 20.
Praticamente de seguida, também de fora de área, o Benfica poderia ter chegado ao segundo golo, num grande momento de Di María, a fazer o seu movimento característico da direita para o centro e a disparar em arco para uma intervenção apertada de Nico Mantl.
Com um outro nível de tranquilidade que o golo inaugural trouxe, os ‘encarnados’ conseguiam um maior volume de oportunidades, como, por exemplo, um livre direto perigoso de Orkun Kökçü, aos 41, e a vantagem mínima para os benfiquistas ao intervalo justificava-se pelas incidências da partida.
Na segunda metade, a toada manteve-se – o Arouca mostrava entrega e algumas aproximações pontuais, mas o Benfica reagia com relativa tranquilidade às adversidades impostas e Mantl teve de desdobrar-se por várias ocasiões para impedir um resultado mais dilatado.
À passagem da hora de jogo, Pavlidis surgiu na cara do guardião alemão para uma enorme intervenção, cenário que se repetiu aos 67, em que um remate cruzado de Álvaro Carreras, após um excelente passe de ‘trivela’ de Tomás Araújo, esbarrou numa nova defesa difícil do guarda-redes.
O inevitável segundo golo surgiu quando Mantl, outrora salvador dos arouquenses, derrubou Leandro Barreiro dentro de área e, chamado à marca dos 11 metros, Di María fez, sem hesitações, o golo da tranquilidade benfiquista.
Até final, o Benfica, que até poderia ter chegado ao terceiro por Beste (74), baixou o ritmo da partida, na ‘ressaca’ de uma intensa jornada da Liga dos Campeões, e o Arouca não demonstrou mais argumentos para correr atrás do prejuízo.
Lusa