Segundo o OSH, desde 01 de janeiro de 2018, os venezuelanos realizaram 1.672 protestos.
"Os números vão continuar a subir, perante a grave emergência humanitária que existe na Venezuela", explicou a porta-voz daquele organismo, criado pelo partido opositor Vontade Popular.
Manuela Bolívar salientou, em declarações aos jornalistas, "a necessidade de uma liderança política que acompanhe os cidadãos em cada uma das manifestações".
"Através do OSH, emitimos relatórios mensais sobre o índice de conflituosidade e protestos. Os dados são recolhidos através de contatos com as pessoas e das redes sociais, porque sabemos da política de opacidade que aplica o regime de Nicolás Maduro. O OSH é responsável por dar visibilidade aos protestos que aumentam cada semana devido à crise no país", disse.
Por outro lado, um comunicado do OSH explica que os 728 protestos ocorridos em março foram provocados principalmente pela falta de serviços como a eletricidade, o gás e a água.
Também que 86 pessoas protestaram pela falta de alimentos, por atrasos na entrega de bolsas CLAP (alimentos a preços subsidiados pelo Estado) e pelos altos preços.
"Também houve protestos laborais, de venezuelanos a quem nem o salário nem a pensão chega para sobreviver", explica.
Segundo o OSH, em março registaram-se ainda 14 pilhagens de estabelecimentos comerciais, 39 protestos por escassez de transporte, 57 por escassez de medicamentos e materiais médicos, 40 por falta de dinheiro em bilhetes e 12 pela insegurança.
Foram ainda registados 48 protestos por diversos motivos socioeconómicos, sete em escolas e liceus e 34 por motivos políticos.
O Estado de Lara foi a região venezuelanas com mais protestos (171), seguindo-se Bolívar (124), Mérida (121), Miranda (116), o Distrito Capital (108) e Trujillo (103).
LUSA