"É necessário fazer um pacto regional sobre a necessidade de a Região preparar o próximo quadro comunitário", disse, no final da reunião da Comissão Regional, em Santa Cruz.
Para Emanuel Câmara, "essa preparação terá de passar pela mobilização, não apenas das instituições públicas, mas de todas as forças vivas da Região, para discutir e pensar consensualmente quais as áreas prioritárias que devem ser aplicadas, visando, naturalmente, o financiamento para a próxima década», apontando que "deveria haver um amplo consenso partidário, tal como se tentará que isso aconteça a nível nacional".
O líder socialista considerou ser importante "todos os partidos da Região deixarem-se de guerrilhas estéreis, pensando no futuro da Região, pensando numa forma concertada, pensando a Região no seu todo".
Emanuel Câmara criticou também os governantes regionais por continuarem "sistematicamente a tentar enganar os madeirenses e porto-santenses, dizendo que a atual situação da Madeira é da responsabilidade do primeiro-ministro António Costa".
"Esse é um discurso gasto, oco, vazio, que se torna repetitivo e que demonstra claramente que, como não se tem nada para dizer, está-se sistematicamente a querer atacar Lisboa, a querer regressar ao inimigo público da Região, como no passado aconteceu", disse, reagindo às críticas do PSD de que o Governo da República mantém bloqueados até 2019 os assuntos pendentes com a Madeira até à formação de um governo socialista na Região.
O líder dos socialistas madeirenses lembrou que a Região tem "a carga fiscal mais alta do país e a dívida mais alta do país" e que "isso é que tem de ser assumido".
Emanuel Câmara aproveitou para deixar um desafio ao presidente e ao vice-presidente do Governo Regional: "se, de facto, as coisas melhoraram – e ainda bem – então está na altura de aliviar a carga fiscal sobre as famílias e as empresas da Região Autónoma da Madeira".
LUSA