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Cultura 14 mar, 2018, 23:58

Escritores debatem ficção como forma de libertação e intervenção política e social

Os escritores José Luís Peixoto, Sofi Oksanen e Eleanor Catton discutiram hoje a ficção, considerando que escrever é como representar no papel, é passar experiências para a escrita, e é também uma forma de intervenção política, social ou cultural.

A conversa decorreu durante o Festival Literário da Madeira, numa sessão subordinada ao tema “o trabalho da boa ficção é confortar o perturbado e perturbar quem está confortável”, uma frase da qual todos começaram por discordar.

A autora neozelandesa Eleanor Catton, vencedora do Prémio Man Booker 2013, com “Os Luminares”, explicou que gosta da citação como descrição de literatura, mas discorda que esse seja o objetivo da boa ficção.

Até porque há confortos e perturbações que devem ser mantidos assim, disse, sublinhando, por exemplo, o prazer dos finais felizes.

Sobre a mesma frase, a escritora finlandesa Sofi Oksanen afirmou não tentar “nada disso”, porque seria impossível manter uma linha orientadora durante a escrita e afirmou-se como uma autora não comercial, cujos livros não têm finais felizes, embora não o faça intencionalmente.

Para José Luís Peixoto, “é sempre perigoso quando se aponta tarefas ou obrigatoriedades para a literatura, porque sempre que se tentou constranger em definições, a própria literatura encontrou sempre formas de se libertar”.

O escritor português considera que a verdadeira definição de literatura é a que é dada por Arthur Rimbaud à poesia: ser liberdade livre.

Quanto à função da escrita, questão levantada pela moderadora a que os escritores tiveram mais dificuldade em responder, as opiniões são várias, mas interligadas.

Eleanor Catton afirmou que nunca se sente tão viva como quando está a escrever, uma frase que Sofi Oksanen corroborou, comparando depois o seu trabalho da criação literária com o da representação de uma atriz.

“Para mim é um chamamento. Sinto-me mais viva quando escrevo, acho que nós todos, mas também escrever é representar no papel”, afirmou.

Para a autora finlandesa, vencedora do Prémio Europeu de Melhor Romance, com “A Purga”, cuja história se passa durante a ocupação soviética da Estónia, a escrita tem também um papel político.

José Luís Peixoto afirmou que escreve para “dar um contributo e para acrescentar alguma coisa a esta grande construção de que todos fazemos parte”, e usou como referência os livros que escreveu sobre duas viagens que fez, à Tailândia (“O caminho imperfeito”) e, sobretudo, à Coreia do Norte (“Dentro do segredo”).

Trata-se, segundo o autor, de escrever sobre algo “muito longe” da sua realidade. Em particular, a viagem à Coreia do Norte foi também uma forma de conhecer por dentro uma ditadura, já que nasceu depois do fim da ditadura em Portugal.

Mas, principalmente, a ideia que defendeu para escrever sobre as suas viagens foi a da necessidade de se “sujeitar a uma experiência e depois tentar dar conta dela através da escrita”.

A relação entre a literatura e o jornalismo foi também aflorada pelos escritores, com Sofi Oksanen a alertar para o facto de que as ‘fake news’ não vão acabar e, portanto, a melhor arma que se pode dar às pessoas contra a difusão de notícias falsas é a capacidade de discernimento, que conseguem se lerem muito.

“O livro é a forma mais segura de comunicar e de mostrar às pessoas que não estão sozinhas”, disse, numa referência a determinados problemas da atualidade, como o aumento do racismo em alguns países ou a tentativa de banir ou criminalizar a homossexualidade, noutros.

José Luís Peixoto diz que os escritores gostam de ver associado ao seu trabalho dois adjetivos, “intemporal” e “universal”, e nesse aspeto, “a literatura opõe-se ao jornalismo, que atualiza o mundo todos os dias”.

Para Eleanor Catton, “escrever um bom romance é uma forma de intervenção política”.

C/ LUSA

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