"É uma greve solidária, mas é mais do que isso porque há outros motivos", explicou Francisco Oliveira, reconhecendo que a recuperação do tempo de serviço é uma questão fundamental nesta paralisação, ainda que desde 13 de dezembro de 2017, o SPM tenha um memorando com a secretaria regional da Educação em que é assumida a recuperação integral do tempo de serviço dos períodos de congelamento para efeitos de progressão na carreira.
"Nós temos a questão aqui alinhavada, não está resolvida. Há um compromisso por parte do governo regional de assumir a recuperação desse tempo todo dos períodos de congelamento e entre março e abril esperamos que seja posto no papel a forma como vai ser desenvolvido todo o processo", afirmou.
Francisco Oliveira reconhece que devido a esta questão haverá professores a equacionarem a adesão à greve, mas recordou que numa assembleia geral do SPM, 85% disseram sim, 5% não e 15% abstiveram-se.
"Não terá com certeza os números de adesão que tiveram as greves anteriores, mas será fundamental para muitas pessoas", disse.
O SPM tem agendado para as 12:00 horas um balanço à greve na Madeira.
A greve é convocada pelas 10 estruturas sindicais de professores que assinaram a declaração de compromisso com o Governo, entre as quais as duas federações – Federação Nacional de Educação (FNE) e Federação Nacional dos Professores (Fenprof) – e oito organizações mais pequenos: ASPL, Pró-Ordem, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE, SIPPEB E SPLIU.
A greve arranca hoje nos distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém e na região autónoma da Madeira, e termina a 16 de março, sexta-feira, dia em que os professores paralisam na região norte (Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança) e na região autónoma dos Açores.
No dia 14 a greve concentra-se na região sul (Évora, Portalegre, Beja e Faro) e no dia 15 na região centro (Coimbra, Viseu, Aveiro, Leiria, Guarda e Castelo Branco).
LUSA