O candidato à liderança do PSD Rui Rio afirmou ontem, na Madeira, que o partido tem de se "arrumar" em termos ideológicos e aconselhou os militantes a "conversarem na rua" com os portugueses, antes de escolherem o novo presidente.
"É vital que, nas próximas eleições diretas dentro do partido, os militantes façam este exercício, que é conversar na rua com os portugueses e procurem perceber quem é que os portugueses querem que seja o líder do PSD", disse Rui Rio num encontro com militantes e simpatizantes na cidade de Câmara de Lobos.
O candidato, que disputa a liderança do PSD com Pedro Santana Lopes, vincou que os militantes deveriam "apostar" naquele que é da preferência dos portugueses, considerando que "o relançamento do partido será mais fácil" se elegerem "aquele que as pessoas lá forem querem".
Rui Rio encontrou uma sala cheia no Museu da Imprensa, onde se reuniram mais de três centenas de militantes e simpatizantes do PSD, entre os quais figuras histórias, como o ex-presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim.
"Este é de longe o sítio onde está mais gente", declarou.
Durante o discurso, Rui Rio realçou é que é chegada a altura de o partido se "arrumar" do ponto de vista ideológico e afirmar a sua posição de centro.
"O PSD sempre foi e tem de ser um partido de centro. Se alguém é de direita não está bem no PSD, tem de estar noutro partido. E se é de esquerda, também não está bem no PSD", considerou, sublinhando que, após esta clarificação ao nível ideológico, o partido tem de se "abrir à sociedade".
LUSA