O presidente do Governo Regional da Madeira disse hoje que a "política consistente" de consolidação orçamental e a "boa gestão" das contas permitiu ao executivo retomar o investimento público, lançando obras no valor de 337 milhões de euros.
"O governo relançou o investimento público, que desde há dois anos tem obras em execução na Madeira e Porto Santo no valor de 337 milhões de euros", afirmou Miguel Albuquerque em São Vicente, norte da ilha da Madeira, onde inaugurou dois troços da via expresso entre as três freguesias do concelho: São Vicente, Ponta Delgada e Boaventura.
O primeiro troço, que consiste num túnel com cerca de 2,5 quilómetros, já tinha sido inaugurado pelo anterior presidente da região autónoma, Alberto João Jardim, mas acabou por ser encerrado por não dispor dos equipamentos de segurança exigidos por lei.
Por outro lado, o segundo troço tem uma extensão de 1.340 metros, dos quais 1.088 em túnel.
No total, a via expresso São Vicente/Boaventura, com uma extensão de oito quilómetros, está orçada em mais de 90 milhões de euros, dos quais 50 milhões já tinham sido despendidos pelo anterior executivo, e deverá ficar concluída até ao final do ano.
"Este governo é um governo que cumpre objetivos e não promete aquilo que não cumpre", disse Miguel Albuquerque aos populares que assistiram à inauguração, sublinhando que aquela infraestrutura rodoviária é uma questão de "justiça" para com o norte da ilha.
A nova via constitui uma alternativa à estrada regional, que, no entanto, irá manter-se operacional.
O presidente do Governo Regional anunciou, por outro lado, que serão efetuadas obras de melhoramento do túnel que liga a freguesia da Boaventura à do Arco de São Jorge, já no concelho de Santana, e prometeu também trabalhos de revitalização de uma antiga vereda, com vista a potenciar o turismo e dinamizar economia local.
"A justiça, a equidade, a igualdade de oportunidades entre os cidadãos fazem parte da política do meu governo", disse, vincando que a recuperação económica da Madeira, iniciada há dois anos, gerou um clima de confiança nos investidores e fez baixar o desemprego.
LUSA