O resultado, apesar de ser positivo, não deixa de saber a pouco aos insulares devido à superioridade exibida diante dos ucranianos, ficando a imagem de uma equipa lutadora e determinada, o que o técnico Daniel Ramos pretendia.
As 13 vítimas mortais da tragédia da queda da árvore, que ocorreu na terça-feira na freguesia do Monte, no Funchal, foram lembradas, com um minuto de silêncio antes do apito inicial.
Daniel Ramos deu a titularidade aos ‘reforços’ Piqueti e Everton e, apesar da diferença ‘abismal’ referida pelo técnico na antevisão, o Marítimo demonstrou cedo dar uma boa resposta ao claro favorito Dínamo Kiev e causar problemas aos ucranianos.
Ricardo Valente foi o autor das duas melhores oportunidades dos insulares, aos 13 e 19 minutos, com destaque para o segundo remate, que sofreu um desvio num adversário antes de passar perto da barra.
O Dínamo tentou explorar as alas, através de Yarmolenko, a ‘estrela’ da equipa, e do paraguaio ex-Benfica Derlis González, além do possante Mbokani no eixo do ataque, mas sentiu dificuldades na execução dos ataques, falhando os passes decisivos.
Só aos 32 minutos é que os ucranianos conseguiram acertar na baliza de Charles, tendo o guardião brasileiro se oposto ao cabeceamento de Kádár.
O segundo tempo abriu com Erdem Sen quase a inaugurar o marcador para o Marítimo, ao corresponder de cabeça ao livre de Éber Bessa.
Do outro lado, a formação de Kiev chegava com mais frequência à área contrária, embora continuando sem criar grandes ocasiões. Uma das poucas foi uma ‘bomba’ de fora da área por Garmash, aos 59 minutos, para excelente intervenção de Charles.
O guarda-redes maritimista voltou a brilhar aos 79 minutos, desta feita ao defender um cabeceamento de Mbokani, após passe de Yarmolenko.
Isto foi o melhor que o Dínamo fez, pois foi novamente o Marítimo a mostrar mais caudal ofensivo, com a ajuda de um fervoroso ‘Caldeirão’ dos Barreiros, que ajudou muitos jogadores ‘verde rubros’ a combater o cansaço.
Os madeirenses estiveram várias vezes na ‘boca’ da baliza contrária, mas falharam apenas no momento da concretização.
Exemplo disso ocorreu aos 74 minutos e já em período de compensação, em que, primeiro Éber Bessa e, depois, Rodrigo Pinho não se conseguiram antecipar ao guardião Koval.
O ‘nulo’ deixa agora tudo em aberto para o encontro da segunda mão, que se realiza em 24 de agosto, na Ucrânia.
LUSA