O jogo, sempre muito disputado, foi decidido com golos de João Mário (sete minutos), na própria baliza, e Zalazar (48) para o Sporting de Braga, e de Rafa (42), Arthur Cabral (44) e Aursnes (70) para o Benfica.
O Benfica entrou mais pressionante no jogo na Luz, mas o primeiro lance de perigo surgiu perto da baliza ‘encarnada’, com Victor Gómez a obrigar Trubin a defesa apertada junto ao relvado. Era o primeiro aviso ‘arsenalista’, que na sequência do lance, num pontapé de canto, chegou à vantagem.
Num lance ensaiado, Rony Lopes desviou ao primeiro poste para Zalazar e o uruguaio disparou forte, com um desvio de João Mário a acabar por trair Trubin.
O Benfica reagiu bem e aos 12 já João Neves tirava as medidas à baliza bracarense, num remate em arco que Hornicek não teria hipótese de deter caso a ‘mira’ do algarvio estivesse mais afinada.
O jogo entrou depois numa fase mais confusa, o Sporting de Braga conseguiu prender o Benfica com um meio-campo em superioridade numérica, que apenas vacilou ao minuto 42, quando Rafa, o melhor em campo na primeira parte, apareceu sozinho na cara de Hornicek para fazer o empate, depois de um passe magistral de Kokçu.
Em três minutos, o Benfica deu a volta ao texto e, aos 45, foi Arthur Cabral a levantar as bancadas da Luz, num golo típico de ponta de lança. O brasileiro, em alguns jogos tão criticado pela falta de mobilidade, recebeu a bola de costas para a baliza já na área minhota, rodou, deixou fora do lance um defesa e acabou a ‘pintura’ com um disparo forte de pé esquerdo, com a bola a passar por entre as pernas de Hornicek.
Se o final da primeira parte foi inteiramente de domínio do Benfica, o Sporting de Braga respondeu no arranque da segunda parte, com uma ‘bomba’ de Zalazar, a repor a igualdade.
Novamente na sequência de um canto, o uruguaio voltou a aparecer solto na entrada da área e fez um golaço, com a bola a sair potente rumo à baliza de Trubin, que não teve qualquer hipótese de evitar novo empate na partida.
O Benfica voltou a adormecer no jogo, tal como acontecera na primeira parte, e o Sporting de Braga cresceu na partida, com Ricardo Horta e Zalazar – quem mais – a ficarem perto do 3-2.
Contudo, os sustos, que já faziam a insatisfação crescer entre os adeptos, despertaram Arthur Cabral para mais um momento mágico: em noite de gala, o brasileiro inventou uma assistência de calcanhar e deixou Aursnes na cara do golo.
O norueguês correspondeu e fez o 3-2 com que o Benfica eliminou o Sporting de Braga, ‘vingando’ a eliminação às mãos dos bracarenses na temporada passada, então nos quartos de final.
Lusa