A decisão de Eli Cohen é motivada pela insatisfação com a atitude da ONU durante a guerra em Gaza, entre Israel e o movimento islâmico Hamas.
“A conduta da ONU desde 7 de outubro é uma vergonha para a organizaçao e para a comunidade internacional, a começar pelo Secretário-Geral [António Guterres], que legitimou crimes de guerra e crimes contra a humanidade, passando pelo Alto Comissário para os Direitos Humanos, que publica calúnias de sangue sem fundamento”, afirmou Eli Cohen numa mensagem na sua conta da rede social X (antigo Twitter).
António Guterres referiu-se à Faixa de Gaza como “o inferno na terra”, mergulhada numa catástrofe humanitária devido à ofensiva israelita, e condenou o elevado número de vítimas civis – mais de 20.600 em 80 dias.
Guterres chegou a invocar o artigo 99 da Carta das Nações Unidas, que insta o Conselho de Segurança a atuar para travar uma ofensiva militar, como a de Gaza, o que não conseguiu face ao veto dos Estados Unidos.
A Assembleia Geral da ONU aprovou várias resoluções que apelam a um cessar-fogo, embora Israel tenha rejeitado todas as iniciativas e critique as Nações Unidas por não condenar o “terrorismo” do Hamas.
Cohen também criticou a ONU Mulheres por ter ignorado durante dois meses “atos de violação contra mulheres israelitas” no ataque do Hamas em 07 de outubro, para os quais não foram apresentadas provas conclusivas.
Em retaliação às acções da ONU, Israel já retirou o visto à coordenadora humanitária da ONU em Jerusalém, Lynn Hastings.
“Deixaremos de trabalhar com aqueles que cooperam com a propaganda da organização terrorista Hamas”, escreveu Cohen no Twitter.