"Confirmamos que as tripulações têm ficado em Curaçao", disse uma fonte oficial da TAP à Lusa, assegurando que o objetivo da companhia aérea é "manter a operação para Caracas".
A capital da Venezuela tem sido assolada por manifestações diárias contra e a favor do Presidente Nicolas Maduro, e atravessa um período de forte instabilidade política, agravada pelas eleições de domingo de uma assembleia constituinte, e crise económica.
Questionada especificamente sobre se esta alteração tem a ver com a instabilidade na capital da Venezuela, a porta-voz da TAP respondeu: "É uma questão operacional interna em temos de gestão de tripulação", escusando-se a adiantar mais pormenores. "Logo que possível por gestão de tripulações voltamos a ficar em Caracas", afirmou.
A companhias áreas Delta, Ibéria e Air France, entre outras suspenderam nos últimos dias voos para Caracas.
A convocatória para a eleição de domingo foi feita em 01 de maio pelo Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, com o principal objetivo de alterar a Constituição em vigor, nomeadamente os aspetos relacionados com as garantias de defesa e segurança da nação, entre outros pontos.
A oposição venezuelana acusa o Presidente de pretender usar a reforma para instaurar no país um regime cubano e perseguir, deter e calar as vozes dissidentes.
Pelo menos dez pessoas morreram, na sequência de confrontos, durante a jornada eleitoral, indicou o Ministério Público venezuelano.
Mais de cem pessoas foram mortas nos protestos antigovernamentais que têm agitado a Venezuela desde o passado dia 01 de abril.