A par do inicio da segunda campanha de recrutamento deste ano, que decorre até 31 de dezembro, entrou em vigor uma lei que aumenta para 30.000 rublos (um pouco mais de 300 dólares) a multa por não comparecer nos serviços de alistamento.
As autoridades russas garantiram que os recrutas não vão ser enviados para as zonas de ação militar na Ucrânia ou para as unidades que ocupam as "novas regiões", designação usada por Moscovo para descrever as regiões anexadas há um ano: Kherson, Zaporijia, Donetsk e Lugansk, apesar de não controlar a totalidade destes territórios.
O contra-almirante e chefe de Organização e Mobilização do Estado-maior russo, Vladimir Tsimlianski, afirmou na sexta-feira que o número de "voluntários para participar na operação militar especial [guerra na Ucrânia] é suficiente para cumprir as tarefas definidas".
De acordo com o oficial, o alto comando não tem planos de "ações adicionais de mobilização" para a campanha militar na Ucrânia.
Em agosto, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, promulgou uma lei que aumentou em três anos, até aos 30, a idade máxima para frequentar o serviço militar obrigatório e que entrará em vigor a 1 de janeiro de 2024.
A iniciativa de aumentar a idade do serviço militar foi proposta no final do ano passado pelo ministro russo da Defesa, Serguéi Shoigú, depois de centenas de milhares de homens com idade militar abandonarem a Rússia na sequência da mobilização decretada por Putin em setembro de 2022.