É preciso recuar até 2018, ano em que a faturação total de espada atingiu os 8,191 milhões de euros, para encontrar um período em que este ano não tenha já ultrapassado em termos de rendimento. Mesmo assim, a manter-se este ritmo de capturas e faturação, o valor de 2018 deverá ser ultrapassado já nas próximas semanas. Já os anos anteriores, foram já superados: 2014 (6,230 milhões de euros); 2015 (7,172 milhões de euros); 2016 (6,854 milhões de euros) e 2017 (7,636 milhões de euros).
Neste momento, a frota regional já atingiu cerca de 76% da quota anual de espada atribuída à Região, que é de 2.189 toneladas. Logo no início de setembro, o Governo Regional solicitou junto da Direção-geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), um reforço de 241,1 toneladas da quota para este ano de peixe espada preto.
O objetivo do Executivo, foi assegurar que a frota espadeira regional continue a pescar até ao final do ano, aproveitando a forte procura que este pescado está a ter na Madeira. Em 2022, pela primeira vez, a quota de espada foi esgotada em novembro, mas a Secretaria Regional de Mar e Pescas conseguiu negociar um reforço de 240 toneladas, que permitiu retomar a pescaria já depois ter sido emitido um aviso de encerramento da pesca. Este ano, o pedido de reforço foi feito mais cedo, para que as embarcações possam planear as suas pescarias, os tempos de descanso das tripulações e os trabalhos de manutenção.
De acordo com as regras da Política Comum de Pescas da União Europeia, é possível, sempre que não se verifique um histórico de infrações (como por exemplo a sobrepesca), solicitar um aumento até ao máximo de 10% da quota ajustada. As tais 241,1 toneladas que a Madeira pediu no início de setembro.