"Nos últimos dois dias, ‘Toki’ [como também era conhecida a orca] começou a apresentar fortes sinais de desconforto, que toda a sua equipa médica começou a tratar imediata e intensamente", referiu o Miami Seaquarium nas redes sociais.
No entanto, "apesar de ter recebido os melhores cuidados médicos possíveis, morreu na tarde de sexta-feira. Acredita-se que seja um problema renal", acrescentou.
De acordo com dados fornecidos por ativistas dos direitos dos animais, Lolita, que foi vendida em 1970 para o Miami Seaquarium por cerca de 20.000 dólares, foi confinada a uma piscina de cerca de 18 metros de comprimento e profundidade máxima de 6,1 metros.
Atualmente, estava a ser preparada a sua libertação nas águas do Pacífico dos Estados Unidos, de onde era originalmente, referiram ainda os ativistas.
Eduardo Albor, presidente da The Dolphin Company, empresa atualmente responsável pelo Miami Seaquarium, também lamentou a morte da orca nas redes sociais.
Esta semana, os órgãos de comunicação locais tinham noticiado que a famosa orca se estava a alimentar muito bem e que o oceanário chegou a fazer um investimento de milhares de dólares para melhorar as condições do tanque em que se encontrava.
"Juntamente com muitas pessoas de Miami, que cresceram a visitar a Lolita, as gerações de ativistas de todo o mundo que se inspiraram na sua história e os cuidadores que permaneceram dedicados até o fim, hoje [sexta-feira] dizemos o nosso último adeus à nossa querida ‘Toki’", sublinhou a líder do condado de Miami-Dade, Daniella Levine Cava, em comunicado.
Em março, Levine Cava tinha anunciado que Lolita seria transferida para as águas do Pacífico Norte, onde nasceu, para ser libertada, uma meta que não foi cumprida com sua morte.
Lolita foi capturada naquela área em 1970 e levada para o Miami Seaquarium em setembro daquele ano.
Este oceanário foi inaugurado em 1955 numa ilha na baía de Biscayne e foi cenário da famosa série de televisão "Flipper".
As dimensões não eram adequadas para um animal do seu porte, que também sofria de solidão, já que não existiam mais orcas naquelas instalações, segundo os ativistas.