Volodymyr Zelensky esteve na cidade de Avdiivka, perto da capital regional Donetsk, que tem sido um dos pontos mais quentes da frente leste da guerra na Ucrânia, segundo a agência francesa AFP.
“Tenho a honra de estar aqui hoje, para vos agradecer pelo vosso serviço, pela defesa da nossa terra”, disse Zelensky aos soldados em Avdiivka, citado num comunicado da presidência, que divulgou fotografias e um vídeo da viagem.
O anúncio ucraniano foi feito depois de Moscovo ter divulgado uma deslocação de Vladimir Putin à Ucrânia para visitar os comandos das tropas russas nas regiões de Kherson (sul) e Lugansk (leste).
A visita de Putin ocorreu na segunda-feira, segundo a agência oficial russa TASS.
Na sequência da invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, Putin declarou a anexação das regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia em 30 de setembro.
Donetsk e Lugansk, que formam o Donbass (leste), travaram uma guerra separatista contra Kiev com apoio russo, depois de a Rússia ter invadido e anexado a península ucraniana da Crimeia, em 2014.
A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas cinco regiões anexadas.
Nas imagens divulgadas pela presidência ucraniana, Zelensky aparece sem colete à prova de bala ou capacete, primeiro no exterior com soldados e depois num barracão, onde condecorou vários militares.
O vídeo mostra também carros, presumivelmente parte do comboio presidencial, a circular no meio de edifícios destruídos ou muito danificados.
“Só vos desejo a vitória, que desejo a todos os ucranianos”, disse Zelensky aos soldados, citado pela AFP.
“Desejo-vos que preservem as vossas vidas para a Ucrânia. Com gente tão forte, após a vitória, estou certo de que, juntos, reconstruiremos a Ucrânia”, acrescentou.
A invasão russa da Ucrânia desencadeou uma guerra que mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise mais grave de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
O número de baixas civis e militares não é conhecido, mas diversas fontes, incluindo a ONU, dizem que será muito elevado.