"Hoje é um dia histórico!", proclamou Zelensky, numa mensagem divulgada através das redes sociais.
"O nosso povo. É nosso. Kherson", começou por escrever o líder ucraniano, numa curta mensagem no Telegram, antes de expandir o seu contentamento em nova mensagem onde se congratulava pela reconquista da região até agora ocupada pelas forças comandadas por Moscovo.
Esta tarde, o exército ucraniano anunciou que tinha "entrado" em Kherson, no sul da Ucrânia, e o Ministério da Defesa pediu aos soldados russos para se “renderem de imediato”.
Volodymyr Zelensky esclareceu que o exército ucraniano "está efetivamente nos arredores da cidade", mas esclarecendo que diversas “unidades especiais já estão no seu interior".
O Presidente ucraniano saudou ainda a coragem dos habitantes de Kherson, que estiveram sob ocupação russa desde meados de março.
"Eles nunca abandonaram a Ucrânia", concluiu Zelensky.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.490 civis mortos e 9.972 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.