"Juntos resistimos à agressão da Rússia, juntos vamos reconstruir a Ucrânia, juntos vamos estar na UE", escreveu Zelensky.
A Comissão Europeia apresentou hoje uma proposta para entregar à Ucrânia 18 mil milhões de euros em empréstimos sob condições favoráveis durante o próximo ano, incluindo os três mil milhões de euros que foram prometidos para este ano e que a UE ainda não conseguiu desbloquear.
Este pacote de assistência macrofinanceira tem de ser aprovado por todos os Estados-membros do bloco europeu, sendo que prevê novas emissões de dívida que têm como aval o orçamento comunitário.
O Governo da Hungria já anunciou que vai recusar a proposta.
"Dizemos ‘sim’ ao apoio à Ucrânia mas opomo-nos a um crédito conjunto", afirmou o ministro húngaro de Estado, Gerlely Gulyas, em Budapeste.
Gulyas garantiu que a posição de Budapeste não está relacionada com a retenção dos 7.500 milhões de euros de fundos comunitários à Hungria pelas questões relacionadas com o incumprimento das normas do Estado de direito.
O vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, disse na segunda-feira que apesar do bloqueio esperado da Hungria vai trabalhar como "todos os Estados-membros para garantir que no final vai haver uma decisão positiva".
Portugal “está no grupo muito largo de países” que apoia a proposta de um pacote de ajuda macrofinanceira à Ucrânia para 2023 no montante de 18 mil milhões de euros, revelou em Bruxelas o ministro das Finanças português.
Em declarações aos jornalistas no final de encontros dos ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo, na segunda-feira) e da União Europeia (Ecofin, na terça-feira), Fernando Medina disse que “nas reuniões destes dois dias, foi possível identificar uma convergência muito ampla dos países europeus relativamente ao pacote de apoio à Ucrânia para 2023”.
Sobre a Hungria, o ministro português disse então que Budapeste manifestou reservas, mas devido a um “enquadramento político” relacionado com o bloqueio do desembolso dos fundos do seu próprio Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Na mesma ocasião, Medina afirmou-se esperançado de que o apoio à Ucrânia seja muito em breve acordado e veja “a luz do dia”.
“A proposta da Comissão é uma proposta forte, porque responde às necessidades da Ucrânia por um período significativo, de um ano, e é também uma proposta bastante equilibrada do ponto de vista dos encargos que cada Estado-membro vai ter de suportar, e por isso Portugal está no grupo muito largo de países que apoia esta proposta da Comissão e esperamos que ela em breve possa ver a luz do dia”, declarou Fernando Medina.