Segundo um comunicado do Serviço de Ação Externa, tutelado por Federica Mogherini, a UE vê com preocupação – e monitoriza em coordenação com a ONU e outras organizações internacionais – "o impacto social da crise económica que afeta seriamente a população, incluindo muitos cidadãos europeus residentes no país, e leva à atual migração em massa que está a levantar problemas às comunidades anfitriãs, particularmente na Colômbia e Brasil, e à estabilidade regional".
A UE reiterou o apoio às pessoas afetadas.
Por outro lado, a UE considerou que "a recente decisão do Conselho Nacional Eleitoral de limitar a participação nas eleições locais e regionais aos partidos que apresentem candidatos às eleições presidenciais um duro golpe na credibilidade do processo".
Tal decisão, denuncia o Serviço de Ação Externa, "só irá exacerbar a polarização e criar mais obstáculos a uma solução pacífica".
O embaixador português em Caracas afirmou, na terça-feira, em Lisboa, que a comunidade portuguesa na Venezuela era "de classe média", mas agora vive "graves dificuldades", devido à crise económica naquele país.
"A grande maioria da nossa comunidade, em tempos, era classe média, e neste momento, devido à desvalorização da moeda, tem graves dificuldades", afirmou Carlos Sousa Amaro, embaixador em Caracas desde setembro passado, numa audição pelos deputados da comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas.
Face à crise migratória, o governo do estado brasileiro de Roraima entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal pedindo o encerramento temporário na fronteira com a Venezuela, devido à vaga migratória, e recursos adicionais para responder à chegada de refugiados.
Desde 2016, mais de 50 mil venezuelanos cruzaram a fronteira do Brasil com a Venezuela e muitos destas pessoas ocupam abrigos já existentes ou dormem em tendas.
LUSA