“A partir de agora e até novo aviso, até que se descubram medicamentos que curem o coronavírus como mais uma gripe, (…) ou até que chegue o momento que se produza uma vacina que dê ao corpo imunidade total por muito tempo, vamos ter de aplicar vacinação de reforço de quatro em quatro meses”, disse.
Maduro falava num discurso ao país, transmitido pela televisão estatal venezuelana, em que fez o balanço dos dois anos da aplicação da quarentena preventiva da covid-19 no país.
“Toda a população deve submeter-se à vacinação de reforço para que possamos continuar a controlar o coronavírus e continuar com as nossas atividades sociais, económicas, etc”, frisou o governante.
Maduro explicou que o Governo venezuelano “fez das tripas coração” para conseguir as vacinas, com a ajuda da Rússia, China e Cuba.
Por outro lado, precisou que a Venezuela “avança na vacinação de 100% da população com mais de 18 anos” e que a taxa de vacinação entre a população de 2 aos 17 anos de idade é de 60%.
“Não podemos baixar a nossa guarda. Um dos elementos-chave desta etapa em que entrámos no controlo elevado do coronavírus é a vacinação”, sublinhou Maduro.
“A Venezuela é o primeiro país do mundo que decidiu cientificamente aplicar a vacinação de reforço quatro meses após a segunda dose da vacina principal”, disse.
“Em 2021 aplicámos as doses principais das vacinas, agora é a vez do reforço”, sublinhou o Presidente.
De acordo com dados divulgados pelas autoridades venezuelanas, o país contava, na terça-feira, com 518.750 casos de covid-19 e 5.661 mortes associadas ao novo coronavírus desde o início da pandemia.
Desde março de 2020 que a Venezuela está em confinamento preventivo da covid-19, que inicialmente foi muito restritivo.
O país passou a aplicar, a partir de junho de 2020, um sistema de sete dias de flexibilização, seguidos de sete dias de confinamento rigoroso.
Desde novembro de 2021 que a quarentena se mantém de maneira flexibilizada.
Em 03 de janeiro deste ano, a Venezuela iniciou a aplicação da dose de reforço das vacinas russa Sputnik V e da chinesa Sinopharm.
A covid-19 provocou pelo menos 6.011.769 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
Lusa