Num comunicado divulgado no ‘site’ oficial do Partido Socialista e nas redes sociais, o PS afirma que “este é o momento para responder à manifestação da vontade clara dos venezuelanos e criar condições para eleições democráticas e livres repondo o funcionamento do Estado de direito na Venezuela”.
“O PS apela a que o direito de manifestação livre seja respeitado e condena qualquer uso da violência e da força contra aqueles que pedem um processo democrático transparente e justo e que seja reconhecido o papel da Assembleia Nacional da Venezuela”, acrescenta.
Na mesma nota, os socialistas referem que estão a acompanhar a situação política na Venezuela e em especial a situação da comunidade portuguesa residente naquele país.
O PS entende ainda que a “comunidade internacional e a União Europeia devem apoiar o início de um processo político pacífico e livre para permitir o respeito pela Constituição da Venezuela e o normal funcionamento das suas instituições democráticas”.
Na quarta-feira, o presidente do parlamento venezuelano, o opositor Juan Guaidó, autoproclamou-se presidente interino da Venezuela, perante uma concentração de milhares de pessoas, no leste de Caracas.
Os Estados Unidos, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a quase toda a América Latina que já reconheceram Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela.
México, Bolívia, Cuba, Rússia, Turquia, China e Irão mantêm-se ao lado de Nicolas Maduro, que consideraram ser o Presidente democraticamente eleito da Venezuela.
Por seu lado, a UE defendeu a legitimidade democrática do parlamento venezuelano, e sublinhou que “os direitos cívicos, a liberdade e a segurança de todos os membros da Assembleia Nacional, incluindo do seu Presidente, Juan Guaidó, devem ser plenamente respeitados”.
Bruxelas instou também à “abertura imediata de um processo político que conduza a eleições livres e credíveis.
A Venezuela, país onde residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes, enfrenta uma grave crise política e económica que levou 2,3 milhões de pessoas a fugir do país desde 2015, segundo dados da ONU.
LUSA