“A Venezuela não autorizará que a vacina AstraZeneca seja usada no nosso país devido aos efeitos que tem nos pacientes”, anunciou a vice-presidente da Venezuela.
O anúncio foi feito através da televisão estatal venezuelana, depois de uma reunião com o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Venezuela, Paolo Balladelli.
A decisão da Venezuela de proibir o uso local da vacina AstraZeneca tem lugar depois de Alemanha, França, Itália, Espanha e Portugal suspenderem a administração desta vacina, devido à deteção de vários casos de tromboses em pacientes.
Segundo Delcy Rodríguez, a Venezuela está em conversações com Cuba para obter e avaliar a produção de vacinas contra a covid-19.
Na Venezuela estão oficialmente confirmados 146.488 casos da covid-19, desde o início da pandemia, em março de 2020. Há ainda 1.444 mortes associadas ao novo coronavírus e 137.948 pessoas recuperaram da doença.
O país está em estado de alerta desde 12 de fevereiro de 2020 e na semana passada foram detetados 10 casos de pacientes infetados com a variante brasileira.
No domingo, o Presidente Nicolás Maduro, ordenou um “cerco sanitário” na cidade de Caracas e os Estados de Miranda, La Guaira e Bolívar, devido ao aumento do número de casos confirmados de pessoas infetadas com a variante brasileira do novo coronavírus.
Todas as atividades públicas estão suspendidas.
Em 6 de março último o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e a sua mulher, Cília Flores, receberam a primeira dose da vacina russa Sputnik V contra o novo coronavírus, no âmbito do programa venezuelano de imunização da população.
A Venezuela recebeu, em 2 de março, meio milhão de doses de vacinas da farmacêutica estatal chinesa Sinopharm contra a covid-19.
Em 13 de fevereiro, recebeu as primeiras 100 mil doses da vacina russa Sputnik-V, que, segundo o Presidente Nicolás Maduro, foram destinadas à população mais vulnerável.
Segundo a imprensa local, a vacinação começou cinco dias depois e, segundo a imprensa local, os idosos foram excluídos.
Segundo a Academia Nacional de Medicina da Venezuela o país necessita de 30 milhões de vacinas para imunizar 15 milhões de pessoas, 3,5 milhões de maneira prioritária.