"Eles entraram no edifício sede da câmara municipal e causaram grandes danos, destruíram mesas, cadeiras, vidros, janelas e depois incendiaram o imóvel", explicou o comerciante português Manuel Mendonça.
Manuel Mendonça disse estar preocupado com a situação e temer que violência possa "ficar fora de controlo" e aumentar.
Na península de Paraguaná, onde se situa Los Taques, "há mais de 1.500 portugueses, principalmente lusodescendentes", disse.
"Neste município a maioria dedica-se ao cultivo de melões e à agricultura, o que não tem sido favorável nos últimos tempos, porque a falta de água é constante", disse.
O português acrescentou que o setor do comércio debate-se diariamente com vários "apagões" que afetam os aparelhos elétricos, incluindo os frigoríficos.
"Nos últimos tempos até os ‘puntos’ [terminais de pagamentos com cartão de crédito e de débito] falham. Ficam lentos, dão erro", indicou.
A imprensa local noticiou que, antes de incendiarem o edifício da câmara municipal, os populares apoderaram-se dos computadores existentes, um forno de micro-ondas, várias fotocopiadoras, filtros de água, um ar acondicionado e um gerador elétrico.
C/ LUSA